Centro Cultural João Fona em Santarém recebe projeto de catalogação de peças
Fonte e foto: Prefeitura de Santarém
Trabalhar a extensão de pesquisa à cultura patrimonial do município é uma das políticas públicas da Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Semc). Dentro dessa perspectiva, o Centro Cultural João Fona recebe a execução de projeto selecionado pela Lei de Incentivo à Cultura – Lei Paulo Gustavo (LPG). Trata-se da catalogação das peças do Museu Ubirajara Bentes de Souza, desenvolvido sob a coordenação das arqueólogas santarenas Ana Caroline Arapiun e Natalya Pinheiro.
O projeto concorreu ao edital estadual da LPG, na seção de patrimônio material voltado ao museu existente no Centro Cultural.
“A princípio, estamos realizando a limpeza das peças, com a utilização de materiais específicos de curadoria, depois seguiremos a numeração e fotografia desse grande e valioso acervo”, explicou Natalya Pinheiro.
Para secretário municipal de Cultura, Adson Tertulino, receber esse projeto significa salvaguardar e divulgar, ainda mais, a cerâmica da cultura da Tapajó e de outras peças existentes dentro do museu.
“O resultado será grandioso. Todas as peças inseridas nesta catalogação servirá para termos o levantamento atualizado e a identificação das peças. No museu do CCJF, sobressaem as culturas Tapajó e Konduri. Esse trabalho vai fomentar a extensão à pesquisa patrimonial e será dado visibilidade em plataformas digitais, pincipalmente aos pesquisadores. A nossa cerâmica Tapajó é conhecida em âmbito internacional”, destacou.
A professora aposentada Terezinha Marinho veio com um grupo de Manaus na rota turística ao município de Santarém. Ela acompanhou de perto o trabalho que está sendo desenvolvido.
“Pesquisei na internet sobre o lugar para sabermos mais sobre a cerâmica histórica da etnia dos primeiros habitantes de Santarém, as pesquisas apontavam ao nome do Centro Cultural João Fona. E aqui estou com o nosso grupo e me emociono ao saber deste projeto de catalogação dessas jovens arqueólogas e santarenas”.
As arqueólogas são formadas pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e doutorandas do curso de Arqueologia da Universidade de São Paulo (USP).
“Até março devemos encerrar as primeiras etapas, a previsão que até o final deste ano seja concluído o processo de catalogação”, informou Natalya Pinheiro.
O museu, nas dependências do Centro Cultural João Fona (CCJF), foi criado pela Lei 13.791 de 27 de Agosto de 1991. O CCJF é aberto ao público e a entrada é franca. Ele funciona na Rua Adriano Pimentel, s/n, bairro Prainha, orla da cidade, na Praça Barão de Santarém. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, de 08h às 18h.